Raparam cabelo em solidariedade com o presidente Chávez

Mais de uma centena de habitantes de Barinas, a terra natal do presidente venezuelano, raparam o cabelo em solidariedade com Hugo Chávez, que enfrenta um tratamento de quimioterapia para combater células cancerígenas.

A sudoeste de Caracas, a cidade de Barinas é a capital do Estado do mesmo nome e também a localidade onde, a 28 de Julho de 1954, nasceu o actual presidente da Venezuela.

O corte de cabelo teve lugar nas proximidades do Instituto Museu de Los Llanos e reuniu funcionários públicos, militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela e membros de frentes camponesas e indígenas.

Entre os que raparam o cabelo estavam quatro mulheres com cabelos longos, entre elas Luz Peña, para quem foi uma "honra ter participado na actividade porque demonstra o orgulho que sente a população em ter um presidente tão trabalhador, bondoso e honesto".

Via Twitter, o presidente Hugo Chávez saudou a iniciativa, enviando um abraço.

"Os barinenses raparam a cabeça! Mando-lhes um grande abraço", escreveu.

É a segunda vez que um grupo de venezuelanos decide rapar o cabelo em solidariedade com o presidente, a primeira vez aconteceu a 21 de Agosto, quando mais de 100 jovens imitaram um grupo de dominicanos, que, na quinta-feira anterior, decidiram, em Santo Domingo, rapar o cabelo pela mesma razão.

Hugo Chávez foi operado de urgência em Cuba a 10 de Junho a um "abcesso pélvico" e, a 1 de Julho, enviou uma mensagem ao país a revelar que também tinha sido submetido a uma segunda operação, a 20 de Junho, durante a qual lhe foi extraído um tumor com células cancerígenas. Regressou a Caracas a 4 de Julho.

A 16 de Julho, o parlamento venezuelano autorizou, por unanimidade, a sua deslocação a Cuba para se submeter a quimioterapia. Dias depois anunciou que terminou com sucesso o primeiro ciclo de quimioterapia e dois dias depois regressou de surpresa a Caracas, revelando à chegada não ter novas "células malignas" no corpo.

No dia 6, viajou novamente a Cuba para continuar com a quimioterapia, regressando a Caracas oito dias depois, onde admitiu que poderá necessitar uma nova sessão e inclusive de radioterapia.

jn