Ricardo Mestre completou a sua sétima Volta a Portugal de bicicleta
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Ricardo Mestre completou a sua sétima Volta a Portugal de bicicleta
Ricardo Mestre (Tavira-Prio) completou esta segunda-feira a sua sétima Volta a Portugal de bicicleta, finalmente de amarelo, depois de ter sido o melhor 'trepador' e a melhor promessa da corrida lusa em 2006.
"É bom falarem da Cortelha, que é, como costumamos dizer, uma aldeia, um monte. Um abraço para lá. Queria dedicar esta vitória à Lara (filha) e à Tânia (mulher), ao doutor Benjamim Carvalho (médico da equipa) e ao falecido dr. Brito da Mana (dirigente do Tavira), que certamente estaria orgulhoso por ver um ciclista da escola do clube a ganhar a Volta a Portugal", afirmou o atleta de 27 anos.
Mestre foi o segundo algarvio a vencer a Volta a Portugal, depois de José Martins em 1946 e 1947, tendo envergado a camisola amarela desde a Guarda (sétima etapa) até Lisboa, concluindo os cerca de 1.600 quilómetros de corrida, com 1.31 minutos de avanço sobre o companheiro de equipa André Cardoso e 2.24 minutos face ao terceiro posicionado, Rui Sousa (Barbot-Efapel).
Tímido e cioso da sua privacidade, só abriu excepções durante esta 73.ª "Portuguesa" quando finalmente subiu ao pódio, após deixar toda a concorrência a um minuto ou mais no contrarrelógio da Guarda, exibindo com orgulho a chucha cor de rosa da sua filha de oito meses, "uma maneira de a sentir sempre perto do coração".
Aliás, a sua bicicleta destoava da dos colegas de equipa e da esmagadora maioria do pelotão da prova por estar precisamente decorada de cor de rosa, com diversos pormenores no quadro pintado de preto e as vistosas fitas dos punhos do guiador.
Ainda assim, o sorriso foi uma raridade na face deste natural da Cortelha, Castro Marim, e sucessor do espanhol David Blanco, tetracampeão da Volta a Portugal, enquanto contribuía para a quarta vitória seguida do conjunto do Sotavento algarvio, dirigido pelo técnico Vidal Fitas.
Mestre, um dos 'produtos' da escola tavirense, que começou a pedalar aos 14 anos como cadete de primeiro ano, estreando-se como profissional no clube em 2005, já tinha demonstrado grande superioridade esta época com a conquista do Troféu Joaquim Agostinho, em Julho.
Logo na primeira etapa da corrida de Torres Vedras, o ciclista ganhou a tirada e deixou o espanhol Alejandro Marque (Onda-Boavista) a 1.16 minutos, sentenciando a corrida logo ali, no Sobral de Monte Agraço.
"Com os pés bem assentes na terra", no pedal neste caso, e a "viver um dia de cada vez", são as frases com que se define Ricardo Mestre, o novo herói do ciclismo de estrada português.
Realizado o sonho de ganhar a Volta a Portugal, Mestre anseia agora com representar "uma equipa do ProTour e fazer uma das grandes voltas", como a Vuelta, o Giro ou o Tour.
jn
"É bom falarem da Cortelha, que é, como costumamos dizer, uma aldeia, um monte. Um abraço para lá. Queria dedicar esta vitória à Lara (filha) e à Tânia (mulher), ao doutor Benjamim Carvalho (médico da equipa) e ao falecido dr. Brito da Mana (dirigente do Tavira), que certamente estaria orgulhoso por ver um ciclista da escola do clube a ganhar a Volta a Portugal", afirmou o atleta de 27 anos.
Mestre foi o segundo algarvio a vencer a Volta a Portugal, depois de José Martins em 1946 e 1947, tendo envergado a camisola amarela desde a Guarda (sétima etapa) até Lisboa, concluindo os cerca de 1.600 quilómetros de corrida, com 1.31 minutos de avanço sobre o companheiro de equipa André Cardoso e 2.24 minutos face ao terceiro posicionado, Rui Sousa (Barbot-Efapel).
Tímido e cioso da sua privacidade, só abriu excepções durante esta 73.ª "Portuguesa" quando finalmente subiu ao pódio, após deixar toda a concorrência a um minuto ou mais no contrarrelógio da Guarda, exibindo com orgulho a chucha cor de rosa da sua filha de oito meses, "uma maneira de a sentir sempre perto do coração".
Aliás, a sua bicicleta destoava da dos colegas de equipa e da esmagadora maioria do pelotão da prova por estar precisamente decorada de cor de rosa, com diversos pormenores no quadro pintado de preto e as vistosas fitas dos punhos do guiador.
Ainda assim, o sorriso foi uma raridade na face deste natural da Cortelha, Castro Marim, e sucessor do espanhol David Blanco, tetracampeão da Volta a Portugal, enquanto contribuía para a quarta vitória seguida do conjunto do Sotavento algarvio, dirigido pelo técnico Vidal Fitas.
Mestre, um dos 'produtos' da escola tavirense, que começou a pedalar aos 14 anos como cadete de primeiro ano, estreando-se como profissional no clube em 2005, já tinha demonstrado grande superioridade esta época com a conquista do Troféu Joaquim Agostinho, em Julho.
Logo na primeira etapa da corrida de Torres Vedras, o ciclista ganhou a tirada e deixou o espanhol Alejandro Marque (Onda-Boavista) a 1.16 minutos, sentenciando a corrida logo ali, no Sobral de Monte Agraço.
"Com os pés bem assentes na terra", no pedal neste caso, e a "viver um dia de cada vez", são as frases com que se define Ricardo Mestre, o novo herói do ciclismo de estrada português.
Realizado o sonho de ganhar a Volta a Portugal, Mestre anseia agora com representar "uma equipa do ProTour e fazer uma das grandes voltas", como a Vuelta, o Giro ou o Tour.
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