Herói desconhecido foi há 110 anos. Ele tinha sete. Ou dez
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Herói desconhecido foi há 110 anos. Ele tinha sete. Ou dez
Rapaz parisiense foi o timoneiro da dupla holandesa de remo que conquistou o título olímpico. Nunca lhe perguntaram o nome
Em 1900 o desporto estava longe de ser como o conhecemos hoje. Benfica e Sporting ainda não tinham sido fundados e faltavam trinta anos para o primeiro Mundial de futebol. O golfe e o ténis já tinham as primeiras edições dos grandes torneios, mas o acesso continuava a ser muito limitado. Em 1900, Paris já era um dos centros da Europa, já era um lugar de referência para os grandes pensadores e artistas. Em 1900, o barão Pierre de Coubertin concretizou o desejo de organizar uns Jogos Olímpicos em Paris, quatro anos depois de Atenas ter inaugurado os Jogos da era moderna.
O objectivo era bom mas a disputa de protagonismo com a Exposição Universal e a enorme desorganização fizeram com que a prova não seja recordada hoje em dia da melhor forma. Desde finais marcadas à última hora sem avisar todos os concorrentes a acusações de batota na maratona porque atletas franceses tinham optado por atalhar a distância, tudo foi visto em Paris. As regras também eram diferentes. Na altura, não se tratava tanto de uma competição por países, mas mais por equipas e atletas. No remo, por exemplo, foram várias as embarcações que surgiram com atletas de países diferentes: franceses juntavam--se com holandeses ou britânicos e os suecos e dinamarqueses também optavam por alianças geográficas. Diz-se também que as provas de saltos só aconteceram porque os atletas andaram a cavar as caixas de areia em cima da hora porque os responsáveis por assegurar que estaria tudo disponível se tinham esquecido. A pista de atletismo também foi bastante improvisada e estava longe de apresentar as condições aceitáveis para as provas. Valia praticamente tudo. Até recrutar atletas entre as várias competições.
É aqui que entra a dupla holandesa do remo, composta por François Antoine Brandt e Roelof Klein do clube Minerva de Amesterdão. O timoneiro era Hermanus Brockmann. A ambição movia-os rumo a um título olímpico, mas a derrota nas eliminatórias para uma dupla francesa obrigou-os a repensar a estratégia. Era tudo uma questão de peso.
A solução estava ali à mão. Era preciso substituir o timoneiro por alguém mais leve. Não era sequer preciso lançar um concurso, analisar currículos ou experiências. Apenas encontrar alguém que fosse capaz de dar o mote durante a prova. Esse alguém foi um rapaz parisiense encontrado nas margens do rio Sena. A substituição de última hora teve sucesso e venceram o título olímpico. Para a história, Hermanus Brockmann continua a ser apontado como o vencedor da prova, mas o rapaz continuará a ser a história dos Jogos e o mais novo de sempre a vencer um título olímpico. Foi fotografado no final da prova, mas a euforia com o título olímpico fez com que ninguém se preocupasse em saber realmente quem era. Os registos não falam de nomes e até a idade é incerta, havendo apenas uma ideia que teria sete anos, Ou dez. Ou algures entre as duas.
Não se sabe também se Brockmann terá gostado de ser substituído para a final. O que é certo é que acabou por ganhar a medalha de prata nas embarcações de quatro e a medalha de bronze nas embarcações de oito. Oficialmente, a medalha de ouro foi conquistada pelo remador holandês de 29 anos, mas para a história o mérito será sempre do jovem francês. Do herói desconhecido.
Fonte: i
Em 1900 o desporto estava longe de ser como o conhecemos hoje. Benfica e Sporting ainda não tinham sido fundados e faltavam trinta anos para o primeiro Mundial de futebol. O golfe e o ténis já tinham as primeiras edições dos grandes torneios, mas o acesso continuava a ser muito limitado. Em 1900, Paris já era um dos centros da Europa, já era um lugar de referência para os grandes pensadores e artistas. Em 1900, o barão Pierre de Coubertin concretizou o desejo de organizar uns Jogos Olímpicos em Paris, quatro anos depois de Atenas ter inaugurado os Jogos da era moderna.
O objectivo era bom mas a disputa de protagonismo com a Exposição Universal e a enorme desorganização fizeram com que a prova não seja recordada hoje em dia da melhor forma. Desde finais marcadas à última hora sem avisar todos os concorrentes a acusações de batota na maratona porque atletas franceses tinham optado por atalhar a distância, tudo foi visto em Paris. As regras também eram diferentes. Na altura, não se tratava tanto de uma competição por países, mas mais por equipas e atletas. No remo, por exemplo, foram várias as embarcações que surgiram com atletas de países diferentes: franceses juntavam--se com holandeses ou britânicos e os suecos e dinamarqueses também optavam por alianças geográficas. Diz-se também que as provas de saltos só aconteceram porque os atletas andaram a cavar as caixas de areia em cima da hora porque os responsáveis por assegurar que estaria tudo disponível se tinham esquecido. A pista de atletismo também foi bastante improvisada e estava longe de apresentar as condições aceitáveis para as provas. Valia praticamente tudo. Até recrutar atletas entre as várias competições.
É aqui que entra a dupla holandesa do remo, composta por François Antoine Brandt e Roelof Klein do clube Minerva de Amesterdão. O timoneiro era Hermanus Brockmann. A ambição movia-os rumo a um título olímpico, mas a derrota nas eliminatórias para uma dupla francesa obrigou-os a repensar a estratégia. Era tudo uma questão de peso.
A solução estava ali à mão. Era preciso substituir o timoneiro por alguém mais leve. Não era sequer preciso lançar um concurso, analisar currículos ou experiências. Apenas encontrar alguém que fosse capaz de dar o mote durante a prova. Esse alguém foi um rapaz parisiense encontrado nas margens do rio Sena. A substituição de última hora teve sucesso e venceram o título olímpico. Para a história, Hermanus Brockmann continua a ser apontado como o vencedor da prova, mas o rapaz continuará a ser a história dos Jogos e o mais novo de sempre a vencer um título olímpico. Foi fotografado no final da prova, mas a euforia com o título olímpico fez com que ninguém se preocupasse em saber realmente quem era. Os registos não falam de nomes e até a idade é incerta, havendo apenas uma ideia que teria sete anos, Ou dez. Ou algures entre as duas.
Não se sabe também se Brockmann terá gostado de ser substituído para a final. O que é certo é que acabou por ganhar a medalha de prata nas embarcações de quatro e a medalha de bronze nas embarcações de oito. Oficialmente, a medalha de ouro foi conquistada pelo remador holandês de 29 anos, mas para a história o mérito será sempre do jovem francês. Do herói desconhecido.
Fonte: i
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