Pedófilo usa Facebook para atrair mil crianças

Pedófilo admitiu consultar pornografia online

Um pedófilo inglês usava as redes sociais, Facebook e Bebo, de modo a atrair crianças para actos sexuais, constando que tenha contactado com cerca de mil crianças.

Num dos perfis fez-se passar por um jovem chamado ‘James’ e noutro aparentou ser uma adolescente chamada ‘Gorgeous Charlie’, de modo a concentrar maior número de amigos com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos.

Michael encontrava-se com os menores em parques, praias ou na própria casa, onde consumava o abuso, no entanto, também usava a webcam para aliciar os menores a realizarem actos de teor sexual.

Julgado em tribunal, o abusador admitiu 27 dos crimes que estava indiciado, nomeadamente a actividade pedófila, aliciamento sexual com uma criança e incitamento à pratica sexual.

MAIS 460 OFENSAS

Contudo, o arguido de 28 anos responde por outras 460 ofensas, designadamente por voyeurismo, abuso sexual e pornografia infantil, depois das autoridades terem identificado cerca de 500 vítimas, metade das que a polícia julga terem privado com o pedófilo. Muitas delas não se identificaram e não apresentaram queixa, por medo ou vergonha.

A polícia britânica agradeceu o depoimento das crianças que ajudaram a apanhar o abusador. No entanto, critica a rede social Facebook por não ajudar as autoridades neste tipo de crimes. Os agentes argumentam que o site poderia ter um “botão de pânico” que seria accionado pelos internautas sempre que suspeitassem de um abusador.

A rede social recusou o pedido mas esta semana mudou de ideias e confirmou que está a trabalhar em simultâneo com o centro de Exploração Infantil e Protecção Online (Ceop).

Um porta-voz do Facebook admitiu estar “profundamente preocupado” com a escalada de crimes cometidos por este sujeito, garantindo que se prepara para instalar novas medidas de segurança.

“Este caso serve para lembrar que todos os utilizadores devem ser cautelosos quando falam e conhecem pessoas através da Internet”, recordou o porta-voz.

O investigador do caso também comentou a detenção. “Ele é um pedófilo predador que utilizava a Internet para se inflitrar na vida das vítimas e explorá-las para a sua própria gratificação sexual”, referiu Simon Snell.

“As crianças que foram aliciadas para terem actividade sexual com este homem estão horrorizadas e perturbadas. Mas alguns procedimentos simples de segurança poderiam tê-lo parado”, afiançou.

O tribunal ordenou a detenção de Michael Williams enquanto aguarda a sentença final.