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Caravela Portuguesa - Physalia physalis

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✰ Þaтєя Þøєsis
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Caravela Portuguesa - Physalia physalis Empty Caravela Portuguesa - Physalia physalis

Mensagem por ✰ Þaтєя Þøєsis Seg maio 24, 2010 11:47 am

Caravela Portuguesa - Physalia physalis

Caravela Portuguesa - Physalia physalis Agua-viva


A caravela-portuguesa (Physalia physalis), também conhecida como garrafa-azul, é uma colónia de animais do grupo dos cnidários. Tem cor azul e tentáculos cheios de células urticantes, e aparece nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos.
Características gerais

A caravela-portuguesa não tem movimento próprio - flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os seus tentáculos por baixo, sempre prontos a envolver um peixe para a sua alimentação. Os seus tentáculos podem chegar aos 30 metros.

A caravela portuguesa é comummente identificada como uma água-viva, mas na verdade é uma colónia de quatro tipos de pólipos. A caravela-portuguesa tem quatro tipos de pólipos:

  • Um pneumatóforo transformado numa vesícula cheia de ar;


  • Os dactilozoóides que formam os tentáculos;


  • Os gastrozoóides que formam os "estômagos" da colónia; e


  • Os gonozoóides que produzem os gâmetas para a reprodução.


Os cnidócitos, que são as células urticantes, portadoras dos nematocistos, encontram-se nos tentáculos e são accionados pela "rede nervosa". A caravela-portuguesa tem dois tipos de nematocistos: pequenos e grandes; estes "órgãos" conservam as suas propriedades por muito tempo, mesmo que o indivíduo tenha ficado várias horas a seco na praia. A sua acção é baseada nas suas pressões osmótica e hidrostática individuais. Existem numerosas células sensoriais localizadas na epiderme dos tentáculos e na região próxima da boca.

A caravela-portuguesa é importante para a alimentação das tartarugas-marinhas, que são imunes ao veneno.

Um animal semelhante é a velella. O flutuador da caravela é simétrico bilateralmente com os tentáculos no final, enquanto a velella é simétrica radialmente com a vela em ângulo. Além disso, a caravela tem um sifão, e a velella não.

Reprodução

Cada indivíduo tem gonozoóides só de um sexo.

Um exelar de caravela-portuguesa é na verdade uma colónia de organismos unissexuais. Cada indivíduo tem gnozoóides específicos (órgãos sexuais ou partes, do sexo masculino ou feminino, destinadas à reprodução). Cada gnozoóide é formado por gonóforos, que são pequenas bolsas contendo exclusivamente ovários ou testículos. Por isso esses animais são classificados como dioécios, ou seja, os sexos são sempre separados entre exemplares macho e fêmea.

As suas larvas desenvolvem-se muito rapidamente, e transformam-se em pequenas criaturas flutuantes.

Acredita-se que a fertilização da P. physalis ocorra em alto mar, pois os gâmetas dos gnozoóides são expelidos na água. Isso acontece porque os gnozoóides propriamente ditos destacam-se da estrutura principal e são lançados para fora da colónia. Esse facto pode ser uma resposta química que acontece quando grupos de caravelas-portuguesas estão presentes em uma mesma região. Uma densidade populacional mínima de caravelas-portuguesas é necessária para que ocorra a fertilização. Boa parte da reprodução acontece no período do Outono, produzindo a grande quantidade de exemplares jovens que são comummente avistados durante o Inverno e a Primavera. O facto específico que desencadeia esse ciclo reprodutivo nessa época do ano ainda é desconhecido, mas começa provavelmente no Oceano Atlântico. A fertilização pode acontecer próximo à superfície.