Hoje, estou eu aqui a perguntar-me… como pude deixar que esta angústia se apoderasse da minha mente, do meu corpo? Será qe mereço sofrer assim? Queria tanto poder dizer: “Sim! Eu sou feliz!” mas não, eu não consigo fazê-lo. Já não sei o que é sorrir com vontade, já não sei o que é viver com vontade e com a certeza de que vou ser feliz, de que vai tudo correr bem. Não tenho motivos para estar cá, não tenho forças sequer para chorar, as minhas lárgimas estão prestes a secar. Insisto em mostrar ao mundo apenas o meu lado de pessoa bem-disposta, mas na verdade a Sara também tem os seus momentos menos bons. Uma simples música, uma simples foto ou até mesmo um simples comentário ou brincadeira
me deixam abaixo, e mais uma vez, choro, escrevo, choro, escrevo. E depois? Depois
volto a fingir que está tudo bem e que nada está perdido. Eu não me amo, aliás, não tenho razões para me amar. A minha auto-estima está a 0’s e só me apetece desaparecer. O desespero é demasiado, tento controlar mas não dá. Não dá para fingir que não tenho sentimentos. Eu também amo, eu também choro, eu também desespero, eu também sou fraca, como todos os seres humanos.

Será este o meu destino?