Enfim.

Podes até um dia te esquecer de tudo o que nós vivemos, de tudo o que passámos e falámos, de tudo o que partilhámos, dos beijos e dos olhares que trocámos, das palavras que entoámos e até mesmo dos sorrisos que transmitíamos um ao outro. Podes até não te importar comigo, podes até não me querer ver mais à tua frente, podes até querer esquecer-te de mim e de tudo o que nos unia, mas sabes eu não me vou esquecer de nada disso, de nada, mas mesmo absolutamente nada, apesar de por vezes me apetecer fazer exactamente isso.
Não vou apagar o passado, ou melhor não consigo apagar o passado, porque o que está feito, está feito e não há como voltar atrás. Pode até ter sido das minhas maiores asneiras termos ido mais longe do que a nossa amizade, mas não é nada disso que me incomoda, que me irrita. O que realmente me irrita é a forma como tudo ficou, a forma como nos deixámos de importar com tudo o que nos unia antes, para a amizade que tínhamos, aquela a que dizíamos não pôr fim, lembras-te?
Promessas, muitas palavras, muitos olhares, muitos sorrisos, muitos comentários, muitos conselhos, muitos desabafos, coisas que no fim de tudo, de nada valeram a pena. De que me valeu tudo o que passámos, foi apenas para ocupar o tempo? Então e agora, vamos continuar a esquecer tudo?
E depois falas de mim, dizes que é assim que quero que fiquemos. É assim que quero que fiquemos? Só se for na tua cabeça e no teu mundo, porque não quero, isto tudo irrita-me. E apesar de tudo, eu até sinto a tua falta.

Enfim.

Enfim.

Enfim. :: Comentários