Adeus azul do céu...

Expus uma tela diante de mim e escolhi uma cor, escolhi o azul... Pintei-a como se não houvesse amanhâ. entre riscos e rabiscos comecei por desenhar um asterisco, seguiram se virgulas e reticencias, desenhei pessoas e dei lhes animação, afinal já chegava de momentos estáticos. desenhei a cor verde em foma de farol mini pra não cair na rotina. Desenhei sorrisos e olhares quando todos os pensamentos pairavam sobre o abismo. Tentei encontrar um rumo, uma direcção, umas vezes consegui, outras não. Muitas vezes rasguei os papeis e deitei os ao lixo mas acabei quase sempre por fazer de um rascunho o meu ponto de abrigo. Desenhei um sol quase sempre a sorrir para mim, mas acabei por colher tempestades.Quando acertei ninguém se lembrou e quando errei ninguém se esqueceu! Então rasguei a tela por completo e jurei a mim próprio nunca mais voltar a pintá - la! O tempo passou voltei a desejar o céu então voltei a agarrar uma tela e limitei me a pintar a saudade que era vazia e incolor, pois a cor que eu queria voltar a pintar era o azul. Baixei a cabeça e me conformei, voltei a rasgar a tela e ao fixar-me numa tela exemplar agarrei a cor preta e desenhei um ponto final.