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Queda do Governo vale descida de 0,48% do PIB

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Mensagem por ritandrade Sáb Fev 12, 2011 11:22 am

Um investigador da Universidade do Minho concluiu, extrapolando a partir de um estudo já publicado pelo FMI, que a queda do governo em Portugal poderá ter um efeito negativo no crescimento médio do PIB de 0,48%.

Em declarações à Agência Lusa, Francisco Veiga considerou que "os efeitos de uma moção de censura em Portugal dependem da execução orçamental que o governo actual implementar".

"Se a execução orçamental se desviar do previsto será mais fácil à oposição justificar a apresentação de uma moção de censura, argumentando que fará melhor quando chegar ao poder. Neste caso, seria mais fácil convencer os mercados e Bruxelas das virtudes de uma mudança de governo", esclareceu o professor catedrático da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (UM).

O estudo, realizado por Francisco Veiga em co-autoria com Ari Aisen e publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), confirma que a instabilidade política afecta negativamente o crescimento económico.

A investigação, que avaliou 169 países no período 1960-2004, sustenta que os governos precisam de implementar políticas que mitiguem os efeitos da instabilidade sobre a prosperidade económica.

Os resultados indicam que "uma alteração governativa por ano, ao longo de um período de 5 anos, diminui o crescimento médio do PIB per capita em 2,39%. Dividindo por 5, o efeito previsto é uma diminuição de 0,48%".

"Governo com imagem bastante desgastada"

O investigador ressalva, contudo, que "nada nos garante que uma alteração governativa específica tenha este efeito negativo. Pode, em vários casos, até ter um efeito positivo".

"Há que ter em conta que temos um governo minoritário, cuja imagem está bastante desgastada. Caso se tornasse quase certo que as eleições resultariam na eleição de um governo maioritário, a instabilidade seria meramente temporária, pois haveria a garantia de o próximo governo ter capacidade de governar durante os 4 anos seguintes", salientou.

Relativamente a medidas que mitiguem os efeitos da instabilidade, considerou que tal "poderia passar por um compromisso do principal partido da oposição (PSD) de anunciar claramente as medidas que tomaria depois de eleito e comprometer-se a estabilizar as finanças públicas".

Já o impacto da crise politica sobre os juros da dívida portuguesa depende "fortemente das expectativas dos investidores, ou seja, do resultado esperado das eleições e da maior ou menor confiança na capacidade do próximo governo para colocar as finanças públicas em ordem", referiu.

jn
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